Guarda-sol: escolha o tecido certo para estar protegido da radiação solar

Guarda-sol: escolha o tecido certo para estar protegido da radiação solar Charles Guerra/
Item indispensável na praia, guarda-sol deve ser comprado com atençãoFoto: Charles Guerra

Esta quinta-feira promete ser mais um dia de calor intenso em Santa Catarina, com máximas próximas aos 30º em todas as regiões do Estado, o que deve lotar as praias do litoral catarinense. Para quem acha que fugir do sol basta ficar embaixo da sombra do guarda-sol, fica o alerta: apesar de todos os modelos barrarem a luz do sol, dependendo do tecido de que são feitos, deixam passar muita radiação solar, podendo causar queimaduras em quem acredita estar protegido na sombra.

O dermatologista Nilson Octávio Silva é enfático: a proteção solar não se dá apenas por uma atitude que tomamos, mas sim a um conjunto de fatores que ajudarão a proteger nossa pele do sol. Além do horário correto para exposição, e do filtro solar, temos também a proteção física através das roupas, bonés, chapéus e do guarda-sol. 

De acordo com Silva, mesmo embaixo do guarda-sol, o filtro solar deve ser usado sempre, porque cerca de 15% da radiação é refletida na areia da praia ou na água do mar e piscina, atingindo indiretamente a pele. O que podemos amenizar é a radiação direta, que passa pelo tecido, se estivermos atentos a alguns detalhes do produto antes da compra.

Como escolher o guarda-sol O material de que é feito o guarda-sol é o item mais importante que deve guiar a compra. Os modelos mais comuns nas praias brasileiras são feitos de nylon, por serem mais baratos e leves, mas algumas empresas já não usam mais o produto. É o caso da Maria Pumar, que atualmente trabalha somente com lona plástica com trama de poliéster, usando um revestimento chamado bagum — um plástico bem fino, com textura delicada —, oferecendo proteção semelhante ao Fator de Proteção Solar (FPS)50. 

A dermatologista Ana Paula Scremin, do Instituto Dermacare, alerta que a associação de um FPS ao guarda-sol não deve ser entendida como uma substituição ao protetor solar, apenas um complemento.

— O guarda-sol é uma proteção a mais, nunca a única opção. O protetor é o mais importante, pois é aplicado diretamente ao corpo, prevenindo radiação direta e indireta, enquanto o guarda-sol bloqueia a radiação direta somente — declara.

Materiais mais usados na confecção de guarda-sóis
Nylon - São os mais comuns, pois são mais baratos e leves, mas devem ser evitados, pois são porosos e protegem muito pouco. Deixam passar  de 90 a 95% da radiação solar.
Faixa de preço: entre 30 e 60 reais*.

Algodão - Têm proteção adequada, se for um algodão grosso. Há modelos de algodão revestidos com lona, ainda melhores. Prefira as cores escuras, ainda mais absorventes.
Faixa de preço: entre 50 e 100 reais

Lona - Uma ótima opção. Por ser mais grossa, absorve em torno de 50% da radiação e pode receber complementos, como a lona plástica com tramas de poliéster, que podem equivaler ao FPS 50.
Faixa de preço: entre 60 e 120 reais

Fibras sintéticas (poliéster e poliamida) - Assim como os modelos de lona, também são eficientes. Existem modelos com o interior de cor prateada, pois recebem uma aplicação de silver, material que bloqueia ainda mais a radiação, podendo alcançar até 90% de efetividade.
Faixa de preço: entre 60 e 150 reais

Trama do pano também deve ser observada
Quanto mais densa for a trama (mais compacta), menor será a quantidade de raios solares que passam por ela e mais eficiente a proteção do guarda-sol. A dermatologista Ana Paula Scremin avisa que, com o tempo, mesmo os tecidos com tramas mais compactas perdem força e também efetividade.

— Com as lavagens, o tecido vai perdendo sua capacidade de proteção, pois vai afrouxando. É preciso ter cuidado com objetos comprados há muito tempo — adverte — Isso não vale apenas para o guarda-sol, mas roupas e chapéus.

Tons mais escuros protegem melhor
Corantes têxteis absorvem mais ou menos radiação ultravioleta, dependendo da intensidade da cor. Quanto mais escuro for o tecido, maior será seu grau de proteção, pois ele será mais absorvente, explica Scremin. A desvantagem é que os tons mais escuros também aquecem mais. Então o ideal é optar por uma cor intermediária, para que o local não fique muito quente, mas absorva bem os raios solares.

* informações baseadas em modelos de 1,60 m de diâmetro

Fonte: Diário Catarinense

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